RESPONSÁVEL
DATA DA ATIVIDADE

05/02/2022

RELATO POR

Cecília Ferreira da Silva

PUBLICADO EM

15 de fevereiro de 2022

CATEGORIA

Participantes: Ciça, Kyra, Alberto, Marcos Linhares, Paula Caetano, Pedro Pow, Raquel, Wal e Arthur Medeiros.

Material recomendado: Chapéu/boné/viseira, protetor solar, repelente, mínimo de 2 litros de água, lanche leve. Para participantes: Baudrier, solteira, freio, mosquetões, fitas, tênis com boa aderência. Para o Guia, material anterior + corda de 60-70mts, camolots e costuras.

Agendamos a saída da Zona Sul as 06:00. Dividimos o grupo em 3 carros e partirmos em direção ao estacionamento da praia de Grumari, nosso ponto de encontro. Lá os participantes desembarcaram e os motoristas foram em direção a Barra de Guaratiba. Dois carros foram deixados lá, no final da trilha e um retornou ao ponto de encontro em Grumari, com os motoristas.
Iniciamos a caminhada por volta das 7:40. O início da trilha é ao final da praia de Grumari, com a entrada à direita das Rochas. Há sinais de pegadas da Transcarioca. Trecho curto e levemente íngreme, a trilha segue em curva de nível em direção ao costão. Não seguir a trilha pela mata. Deve-se descer em direção aos costões de pedra. Ao sair da trilha e descer aos costões, a primeira imagem é inspiradora:

Figura 1. Primeira saída para os Costões

Seguimos pelos costões até o primeiro obstáculo, onde percebe-se que não era possível mais seguir pelas pedras.

Figura 2. Caminhada inicial pelos Costões

É preciso encontrar nova entrada da trilha e contornar pela mata. O acesso estava um pouco fechado, mas conseguimos progredir pela trilha. Ter em mãos tesouras de jardinagem ou facão é uma ótima estratégia. Trecho curto de mata até a segunda saída para os costões.

Figura 3. Caminhada pelos Costões

Progredimos pela pedra até novo obstáculo. Havia uma descida mais íngreme e delicada. Passamos calmamente, um a um. À medida que descíamos, nos escondíamos nas sombras possíveis. Já estava bem quente pela manhã.

 

 

 

 

 

 

 

Figura 4. Nos escondendo do sol

Seguimos pelos costões até o próximo obstáculo. Um pequeno lance de escalada, uma travessia na diagonal. Tranquila de ser feita com tênis.

Figura 5. Pequeno lance de escalada

Logo após este trecho, segue-se um pouco pelos costões e depois iniciasse um trecho mais íngreme das pedras, onde recomenda-se colocar cordas como corrimão para passagem dos participantes. O André guiou o trecho e montou o corrimão.

Figura 6. André guiando pelos costões para montar o corrimão

Foram montados dois corrimões de corda nestes trechos. Após estes, subimos dos costões para a mata. Não há trilha definida. O André foi abrindo caminho com o facão. A mata estava bem fechada em alguns trechos. Este foi o trecho de trilha em floresta da travessia. Foram aproximadamente 2 horas de mata. Como estava muito quente ao sol, estamos aliviados de estarmos protegidos pelas árvores. Não encontramos muitos mosquitos, como relatado na travessia anterior, mas encontramos carrapatos, formigas assassinas e cobras no caminho. Recomenda-se ir de calça e blusa de manga longa!

Figura 7. Sombrinha na floresta

Após a trilha na mata, saímos novamente em direção ao Costão. Novo trecho íngreme, onde recomenda-se montar corrimão. Fizemos uma única travessia até um mini oásis na sombra. Montamos o primeiro rapel a partir daquele ponto.

Figura 8. Mini oásis. Ponto do rapel.

Figura 9. Final do primeiro rapel

A figura 9 mostra o fim do primeiro rapel. Há uma pequena travessia deste ponto para à esquerda, para acessar o segundo rapel. Há um abrigo de pedras próximo do término do segundo rapel, onde os participantes de abrigaram do sol até todos finalizarem o rapel.

Figura 10. Abrigo de pedra, a espera dos demais participantes.

Depois de um refresco na sombra, retornarmos a caminhada pelo costão, por volta das 13h. A rocha deste trecho é bem lisa e estava absurdamente quente. O tênis precisa ter uma boa aderência. Caso não tenha, recomenda-se usar sapatilha de escalada.

Figura 11. Trecho liso de travessia

Depois desta travessia, a caminhada é por grandes blocos de pedra. Sobe e desce infinito. Logo depois começamos a avistar a primeira praia, Praia do inferno. O André parou para um refresco em seu Ofurô particular antes de seguir para a Praia.

Figura 12. Ofurô do André Ilha

Neste ponto, todos já estavam bem cansados, com calor e sede. Ver a praia foi um alívio. Um banho de mar geladindo seria o paraíso e fundamental para recarregarmos as energias.

Figura 13. Chegada na praia do inferno (primeira faixa de areia) e vista para praia Funda (segunda faixa de arreia)

Tínhamos esperança de encontrar vendedores ambulantes para comprar bebidas, mas as duas primeiras praias estavam desertas. Todos estavam com pouca água reserva e preocupados com a temperatura.

Paramos na primeira praia, por aproximadamente 1 hora, para banho de mar, hidratação, alimentação e descanso. Essa parada foi fundamental para seguirmos em frente.

A caminhada seguiu-se pela areia, passando pelas praias do inferno e Funda, em direção a Praia do Meio.

Figura 14. Caminhada pela arreia da praia do Inferno, em direção a Praia do Meio

Ao final da praia Funda há uma subida pela rocha para acessar a trilha em direção a praia do meio. A caminhada segue em floresta e ao final trechos pelo costão. Chegando na praia do Meio ouvimos em alto e bom som “Olha a água, mate, guaraviton, Coca cola!!”. Este berro agudo foi música para nossos ouvidos.

Mais uma parada para hidratação e recomposição. Eu, Ciça, aproveitei para dar mais um mergulho no mar, enquanto meus companheiros aproveitavam a sombra das árvores e as bebidas geladinhas. Esta praia estava mais movimentada, com pescadores e populares. Depois de uma parada de 30-40 minutos, seguimos pela areia até o final da praia, onde acessa-se a trilha em direção a Praia do Perigoso. A trilha é bem-marcada, com cobertura de vegetação. Duração aproximada de mais uma hora de trilha até a chegada em Barra de Guaratiba.

Como estávamos cansados, optamos por não descer na Praia do Perigoso, mas ficou a vontade de visitá-la. Linda praia!

Figura 15. Vista para a Praia do Perigoso

Ao chegarmos em Barra de Guaratiba, fizemos uma parada estratégica no bar do Sr.Lúcio, para comer uns pastéis maravilhosos de camarão, queijo e beber aquela cervejinha gelada. O bar tem vista para os manguezais da Baía de Sepetiba e para restinga da Marambaia.

Figura 16. Bar do Sr. Lúcio
Foram 9 horas de atividade e 7 km percorridos. Como diz o André, é uma “atividade cheia de peripécias”. Retornamos para Grumari com os dois carros deixados em Guaratiba e de lá nos despedimos e partirmos para casa, cansados, mas felizes com esta travessia linda.