RESPONSÁVEL

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DATA DA ATIVIDADE

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RELATO POR

Paula A. Caetano da Silva

PUBLICADO EM

18 de outubro de 2021

CATEGORIA

Entre 1 e 3 de outubro de 2021 realizamos a primeira grande excursão do CEC após 19 meses de pandemia. Confira o relato em vídeo que foi realizado por nossos novos sócios Luiz e Mateus, e os depoimentos dos participantes.

Imagens: Luiz Eduardo Guimarães
Edição, texto e voz: Mateus Gouvea

É impressionante a energia. O tempo passa de forma diferente e o ritmo do dia a dia, que logo parece absurdo, lentamente se esvai. Momentos simples se transformam nos mais importantes, sorrisos, compartilhamentos, um almoço, dividir um café, jantar sob estrelas ou sob chuva em um abrigo de pedra no meio das montanhas, compartilhando histórias. Estender uma mão, mostrar o caminho, dividir por um momento a vida, em uma ponta de corda. O montanhista é mesmo privilegiado. (Luiz Eduardo Guimarães)

2791 metros, 1923 “Querer descrever as belezas que se descortinam daí é ser pretensioso. Eu senti-me tão emocionado ante aquelas grandezas, que sentia-me fugir a inteligência. Procurei formas, termos, mas não achei na minha imaginação! Porque empolga o coração! Dilata-se a vista para o Sul, Este, Norte, Oeste. É preciso ter alma de artista, veia poética, pra tentar descrever o magnífico espetáculo que nos apresentam as Agulhas Negras!” (Armindo Martins, 1923 – trecho retirado do livro “História do Montanhismo no Rio de Janeiro”). (Mateus Gouvea)

Vocês nem imaginam em que emoções vocês foram tocar. E nem eu, ao escrever aquelas palavras no livro de cume das Agulhas. Emoções antigas que se confundem com as do presente. Uma coisa é certa: são as emoções que me levavam à montanha e que ainda hoje me levam.Quando se chega muito jovem a um esporte como esse, as experiências lhe afetam de uma maneira muito intensa e peculiar. Talvez porque aconteça naquele momento em que procuramos, sobretudo, pertencimento. As amizades que ainda permanecem são as que fiz no CEC e na montanha. Coisa de mais de 40 anos. É algo que tenho constatado em todos os antigos companheiros com quem tenho conversado. Mesmo naqueles que se afastaram tenho certeza de que uma marca ficou.  Minha gratidão, como as emoções, vai àqueles do passado, que nos acolheram muito jovens, e nos propiciaram grandes momentos com sua responsabilidade, amizade e paciência. Também agora sou muito grato pelo acolhimento, respeito, amizade e mesmo carinho, que tenho recebido de todos. Tenham certeza que vocês são fonte de muita inspiração pra me manter na atividade. As vezes o coração e a cabeça partem pra montanha e esquecem que tem que arrastar uma carcaça que já não responde como deveria. (Marcos Linhares)

“Itatiaia é mesmo um lugar que mexe com os sentimentos dos montanhistas, um lugar especial. Alguns sócios estiveram lá pela primeira vez e foi difícil deles controlarem suas emoções, os sentimentos. Estamos ali é para expressar o que de melhor há em nós. Ser guias e planejar esta excursão nos deu o privilégio de viver e reviver estas emoções.” (Gislaine Costa & Rodrigo Milone)

Quando os olhos do montanhista brilham
não há quem o segure
em cada cume
ele vai estar.

Nas montanhas nos sentimos em casa
É ali o nosso lugar.

Gislaine Costa

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