Rodrigo Rodrigues da Silva
22 de março de 2022
A Tesouraria informa que, conforme proposta aprovada na 38ª Assembleia Geral Ordinária, desde 15/03/2022 está em vigor a nova tabela de contribuições associativas do CEC:
- Anuidade: R$356,00
- Semestralidade: R$207,00
- Trimestralidade: R$123,00
- Atividade avulsa: R$65,00
- Reingresso: R$222,00 (valor do semestre + carteirinha)
Se você queria saber apenas quais eram os novos valores, pode parar por aqui ;) Agora, em nome da transparência e para que fique claro para os sócios a razão de termos escolhidos esses novos valores, vou explicar como foi todo o processo de decisão.
Primeiro, concordamos que a proposta de reajuste a ser apresentada pela Tesouraria buscaria tão somente atualizar o valor das contribuições à inflação desde 2017, quando ocorreu o último reajuste, sem mudar o patamar financeiro das contribuições nem o seu peso nas receitas do CEC, que também é composta de taxas dos cursos básicos, entre outros. Segundo, concordamos que não tiraríamos os novos valores “da cabeça”, mas sim com base em indicadores econômicos. Sendo assim, para chegar aos novos valores propostos à assembleia, a Diretoria avaliou previamente 4 cenários:
- Correção com base no IPCA considerando o período 03/2017 a 03/2021
- Correção com base no IPCA considerando o período 03/2017 a 02/2022
- Correção com base no IGP-M cosiderando o período 03/2017 a 03/2021
- Correção com base no IGP-M considerando o período 03/2017 a 02/2022
A Diretoria decidiu então apresentar à Assembleia o cenário 2, que foi aprovado pelos presentes.
Por que escolhemos o cenário 2? Os cenários 1 e 3 foram propostos de modo a “segurar um pouco” o reajuste caso seu valor ficasse impraticável no cenário atual. Também foram propostos cenários a partir dos dois índices de correção inflacionária mais utilizados, IPCA (publicado pelo IBGE) e IGP-M (publicado pela FGV).
O IPCA leva em conta apenas os aumentos de preços percebidos pelo consumidor final. O IGP-M leva em conta os aumentos de preços percebidos em toda a cadeia de produção. Nos últimos anos, o IGP-M foi notadamente muito alto, influenciando, por exemplo, aumentos impraticáveis em contratos de aluguel ao longo da pandemia. Entendendo que o CEC não tem atualmente nenhum contrato vinculado ao IGP-M e que, fora os custos de equipamentos, normalmente vinculados ao dólar, nos últimos anos notamos despesas basicamente ligadas ao consumo final (serviços, etc), decidimos ficar com o IPCA, o que restringiu as opões aos cenários 1 e 2.
Considerando que, já tendo escolhido cenários mais conservadores, e que o valor atual já estava muito defasado, acumulando perdas – o reajuste já estava previsto para ser feito em 2020 mas nem foi colocado em discussão por conta da pandemia de COVID-19 – optamos pelo cenário que ajustasse à variação da inflação até 2022. Escolhido o cenário, os novos valores foram calculados com base na taxa dada pela Calculadora do Cidadão, do BACEN. Também arredondamos os valores para cima para ganharmos uns centavos a mais para o nosso Fundo Soberano ;)
Com essas escolhas, ficamos seguros de que o cenário proposto à Assembleia “fecharia as contas”, pensando não só nas contas mínimas mas também nos diversos investimentos que temos feito para o bem e crescimento do clube, mas também sem onerar demais os associados. Alguns questionamentos foram levantados na Assembleia, mas, após esclarecimentos, os valores foram aprovados, com validade imediata. Caso tenha mais alguma dúvida, não hesite em contatar tesouraria@carioca.org.br